sábado, 14 de janeiro de 2012

Aprendizagem

Sprinthall & Sprinthall (1990) referem aprendizagem como uma reestruturação de percepções e pensamentos que ocorrem no organismo. 
Para esta reestruturação acontecer um indivíduo deverá confrontar as suas percepções com novos pontos de vista, para assim, descobrir novas relações e reorganizar as suas percepções integrando nas mesmas nova informação.

É neste processo que se centra a educação, na medida em que pretende de uma forma gradual confrontar os indivíduos com nova informação, permitindo que estes a confrontem e a integrem. Apesar de existirem diferentes explicações para este processo e diferentes argumentos para explicar como ele ocorre, podemos dizer de uma forma mais geral e de acordo com Sprinthall & Sprinthall (1990) que aprendizagem é um processo que ocorre a partir da interacção do sujeito com outros sujeitos ou com o seu meio, permitindo-lhe integrar nova informação nas suas estruturas de pensamento, p. 206.
A presença e importância da comunicação no processo de ensino-aprendizagem é reconhecida desde há muito. 

De facto, na antiga Grécia, quando os primeiros professores de ofício surgiram, a sua principal ferramenta era o discurso. Os sofistas eram professores de ofício que apenas necessitavam da oratória para poder instruir e executar as suas funções. 
Era através da comunicação que todo o ensino se transmitia, que tudo se aprendia e que se cultivava o saber. Encontra-se assim bem vincada a comunicação como sendo fundamental para a aprendizagem e para o indivíduo actuar sobre o meio e os outros. 

Esta importância resulta do confronto que a comunicação permite que aconteça entre o indivíduo e os outros.

Para uma análise aprofundada:
Aires, F. (2007). Comunicação e aprendizagem online: Que percursos. Universidade Aberta, pp. 3-15.
Dias, P. (2001) A comunicação em rede como meio de formação das comunidades de conhecimento na web: o caso do centro de competência nónio século XXI da universidade do minho, Actas do VI Congresso Galaico- Português, Vol. I:279-285.
Levy, P. (1998). A revolução contemporânea em matéria de comunicação. In Fanecos (Dec. 1998) pp. 37-49.
Matilla, A. (2002). Educomunication en el siglo XXI: Educar para la comunication Y el pensamiento crítico. Salamanca
Sprinthall, N. & Sprinthall, R. (1993). Psicologia Educacional. Lisboa: Mc Graw Hill.Zanluchi, E.; Lacerda, D.; Koetz, A. & Klippel, M. (2006). Uma discussão sobre as contribuições da comunicação para as organizações. ENEGEP, Fortaleza: Brazil.

Ilusão Perceptiva

Uma ilusão perceptiva pode-se definir pela incapacidade de uma pessoa atribuir os correctos significados às percepções que recebe. Por outras palavras é o resultado da atribuição de significações erróneas aos estímulos exteriores percepcionados. 

Um indivíduo assimila estímulos do mundo que o envolve, pelas percepções que lhe chegam pelos seus sentidos. 

A ilusão perceptiva leva a que um indivíduo não consiga interpretar correctamente os estímulos que lhe chegam. Pode, por exemplo achar que o som que ouve é muito alto quando, na realidade não o é. 

Esta distorção ocorre relativamente a todos os sentidos.
Importa distinguir as ilusões das alucinações na medida em que as primeiras se baseiam em factores internos ao indivíduo e factores externos ao indivíduo.

William James

William James nasceu em Nova Iorque no ano de 1842 e seguiu estudos de Arte, Química, Filosofia e medicina, que acabou por exercer. Com a idade de 30 anos foi convidado para leccionar em Harvard. Foi a partir desta experiência de ensino que William James se tornou num dos principais psicólogos da educação, sendo claramente o mais importante norte-americano nesta área que, à data estava nos primórdios. 

De facto, por volta de 1890 William James começou a olhar a Psicologia como uma disciplina aplicável aos problemas do mundo real, tendo lançado um intenso esforço para compreender o processo de ensino aprendizagem. 
Uma das suas máximas era a de que os professores deveriam sempre começar a leccionar a partir do nível de compreensão dos alunos. Esta forma de olhar o processo educativo deu origem ao princípio do funcionalismo na Psicologia. Wiliam James morreu em 1910, tendo deixado várias obras importantes, entre as quais se destaca os Princípios da Psicologia (1897).

Ansiedade às Avaliações Escolares

Sendo a ansiedade um estado emotivo que influi sobre o rendimento dos indivíduos, importa centrar a presente discussão na relação entre ansiedade e avaliações escolares. Neste sentido, não se pode considerar a ansiedade infantil como uma versão da ansiedade adulta, pois os factores associados a esta divergem profundamente dos adultos, (Visu-Petra, et al, 2006). 
Também Weems e seus colaboradores em 2002, referem que as crianças experienciam a ansiedade de forma diferente dos adultos uma vez que “before higher-level cognitive abilities are developed, such as the ability for abstract thinking, children may be less likely to experience anxiety in the same manner as adults”, (cit. por Visu-Petra, et al, 2006, p. 532). Fica assim traçada uma clara margem entre a ansiedade nos adultos e a ansiedade na infância, por força de factores relacionados com a diferença das características inerentes aos processos psicológicos de um adulto face a uma criança.
Há variada literatura a abordar este tema, da qual refiro apenas alguns autores. 
Vulic-Prtoric e Macuka conceptualizam em 2006 a ansiedade nas crianças e adolescentes como o resultado final de interacções recíprocas entre factores pessoais e contextuais que podem ou não predispor a criança para o desenvolvimento de dificuldades psicológicas. 
Também Chorpita, Albano e Barlow (1996), referindo-se à ansiedade na infância, afirmam que esta leva a desconforto, doenças e perda de controlo. Hudson e colaboradores (2008), reforçam a necessidade de haver uma intervenção precoce, por forma a contrariar os efeitos debilitantes e duradouros de uma ansiedade não tratada. Mesmo os resultados mais conservadores apontam para que, pelo menos 3% das crianças Inglesas experienciem graves distúrbios de ansiedade, sendo estes distúrbios predictores de perturbações de ansiedade ou depressão na idade adulta, (Field et al., 2008). 
Esta perspectiva confirma-se com Kim-Cohen e colaboradores (2003), que referem que “adult anxiety disorders are very regularly preceded by their childhood counterpart”, ( cit. por Field et al, 2008, p.386).

Schachter (2007), refere-se a ansiedade às avaliações escolares como sendo uma “important cause of poor academic performance” (p. 105). Segundo este autor, uma criança ansiosa terá piores resultados em avaliações que causem stress. 
Esta perspectiva é também reforçada com Farrell e Barrett (2007), que afirmam que a ansiedade e depressão são os problemas de saúde mental que mais afectam os jovens e crianças em idade escolar. Wilde (2008), que cita o US Department of Health and Human Services (1999), aponta que 13% das crianças e jovens com idades entre os 9 e os 17 anos manifestam algum tipo de perturbação de ansiedade, (p. 134). Também Mcgraw (2008), num estudo realizado na Austrália, refere altas taxas de incidência de ansiedade em populações escolares. 
Barmish e Kendall (2005), referem que as perturbações de ansiedade na infância afectam aproximadamente 12% da população, sendo que os testes escolares são o factor que mais stress causa às crianças e jovens em escolas, (Skybo & Buck, 2007). 

Apesar de encontrarmos grande consenso sobre os efeitos nocivos da ansiedade aos testes escolares, importa referir que estes não se manifestam de igual forma. 
Putwain em 2007, ao estudar os padrões demográficos e a prevalência da ansiedade infantil no Reino Unido, descreve que há várias diferenças a registar, nomeadamente no que respeita ao género (estudantes do sexo feminino manifestaram maiores índices de ansiedade), à origem étnica (estudantes de etnias brancas manifestaram menores índices de ansiedade) e características sócio-económicas (grupos sócio-economicamente baixos registaram maiores índices de ansiedade). 
Em resultado dos vários contributos referidos aqui, podemos afirmar que a ansiedade é um factor que influi negativamente no rendimento escolar dos alunos, sendo também resultado da interacção de diversos factores pessoais e contextuais.
Nesta perspectiva, a ansiedade às avaliações escolares é uma variável afectivo-cognitiva da personalidade, que influi directamente na aprendizagem, (Barros de Oliveira, 1996; Connor-Smith & Compas, 2002; Visu-Petra, et al., 2006; Sideridis, 2007; Putwain, 2007; Meijer & Oostdam, 2007; Skybo & Buck, 2007; Khalid-Khan et al., 2007; Sena et al., 2007; Kendall et al., 2007; Wheatcroft & Creswell, 2007).

Aprendizagem | Conceitos Fundamentais

De acordo com Jerome Bruner, há seis conceitos fundamentais que, estando assegurados, permitem que uma aprendizagem seja eficaz e duradoura.
Estes conceiros são:

1 - Motivação - Este conceito estará assegurado na medida em que se criem experiências capazes de gerar nas crianças ou indivíduos aprendentes o aumento da predisposição para aprender;

2 - Estruturação dos Conhecimentos - Este conceito preconiza que os conteúdos a aprender devem ser organizados em função das capacidades do aprendente. Por outras palavras, qualquer matéria que se queira ensinar deve ser decomposta e simplificada, assumindo uma nova organização em função das capacidades das crianças ou aprendentes;

3 -  Optimização das Sequências de Apresentação - Este conceito diz respeito ás metodologias de ensino mas não só. Optimizar as sequências de apresentação da matéria a ensinar refere-se aos ritmos de ensino e às formas de o fazer. A forma como se ensina determinada matéria deverá corresponder aos estilos que melhor se ajustem aos indivíduos aprendentes ou crianças. 
Repare-se, por exemplo, que o ensino de um conteúdo pode ser realizado com base numa explicação teórica ou expositiva ou, no inverso, com base numa experimentação e interrogação para então voltar às bases teóricas dos conteúdos;

4 - Natureza e Ritmo das Recompensas e Punições - Este conceito diz respeito ao carácter auto regulador que o ensino deve assumir. É importante definir objectivos a atingir, realizar avaliações periodicamente, recompensar os progressos e despistar os impasses; Em termos gerais, este conceito diz respeito à organização que deve acompanhar o acto de ensinar;

5 - Aprendizagem Espiral - Este conceito postula que qualquer conteúdo pode ser ensinado a alunos de qualquer idade. Por sua vez, os indivíduos ou crianças poderão aprofundar gradualmente as suas aprendizagens;

6 - Prontidão - Este conceito relaciona-se com a crença de Bruner em que os indivíduos encontram-se em condições de apreender um conteúdo sempre que os conceitos anteriores se combinem. Para este psicólogo, não há matéria que não possa ser ensinada e não há indivíduo que não possa aprender.

Mitologia Grega

A mitologia grega é conhecida pelas impressionantes fábulas, preenchidas pelas mais fascinantes figuras mitológicas. 
Dada esta riqueza, têm sido inúmeros os artistas inspirados pela mitologia grega. 

A origem da mitologia grega não é certa mas é associada a um conjunto de lendas que evocavam uma enorme diversidade de figuras divinas que assumiam uma forma humana.
Uma das obras mais citadas a propósito da mitologia grega é a Odisseia de Homero. 

Apesar de Homero se ter inspirado na mitologia grega, a verdade é que a mitologia bgrega também beneficiou imenso ao ser adoptada por este autor. Grande parte do reconhecimento mundial da mitologia grega é atribuída às obras de Homero.

Os deuses gregos podiam ser divindades da terra, do céu e do mar.
A mitologia grega tem sido alvo de inúmeros estudos desde sempre.